quarta-feira, 16 de março de 2022

outra maneira de escrever

-Bom dia....bom dia...- disse qd cheguei ao trabalho.
- Estão todos bem?
- Estamos!- responderam em coro.
Olhei em redor...não me pareciam bem. Estavam presentes mas não estavam ali. 
Passei o dia desconfiada e atenta 
Na hora de saída confirmou se. Todos saíram e ninguém se despediu..
O que é que se passava?


Moral: como humanos temos sentimentos que o próprio sentimento desconhece ..

segunda-feira, 14 de março de 2022

outra maneira de escrever...

...os trovões ouviam se ao longe. O meu coração batia mais rápido. Estava a ficar ansiosa. Todos os que amava estavam fora de casa. O pensamento começou a fazer o favor de mostrar o pior cenário.
Comecei a imaginar que um estava preso numa derrocada, outro estava no meio de um acidente horrível, só coisas parvas.
Bebi água e comecei a rezar. Era o que fazia qd estava nervosa. Distraía me...e respirava fundo e pausadamente pelo nariz...e assim conseguia ir acalmando.
Passaram umas horas e todos estavam a chegar. Tudo estava bem.
Jantámos e a noite foi tranquila.
Na manhã seguinte, tudo se processou de maneira normal. Normal??
Bem, acordei e fiz o mesmo de todos os dias. Acordei o mais novo. Fiz o pequeno almoço para todos...e Eu fui fazer a minha higiene. Pois é...
Quando estava a lavar os dentes senti uma dor de cabeça forte. Olhei o espelho e caí.
Quem me encontrou não sei.
Acordei no hospital. Pensei: que casa de banho estranha a minha...
Pois não era a minha casa de banho...
O que é que aconteceu? O que fazia ali? Não me lembro de nada...
....eram quase 7h da tarde quando dois médicos apareceram. Muitos sorrisos, cumprimentos, preocupação em saber como estava bla, bla...
Fiz uma pergunta. Só para acabar com todo aquele melaço.
- 0 que faço aqui?
Olharam um para o outro e respondeu o mais velho.
- Bem, a senhora veio hoje , vieram hoje consigo desmaiada. Porque a encontraram assim na casa de banho. Ah...ficou aqui para observação. Acordou sozinha o que é bom sinal. Mas, não sabemos o que se passou. Pode contar o que aconteceu? Se sentiu alguma coisa.. não sei...conte nos.
- Bem, eu não me lembro de nada..quer dizer fiz tudo normal.. Senti apenas uma dor de cabeça forte... não me lembro de nada mais...
- Dor de cabeça? Ok ..vamos ver disso já,.
Bem.... lógico que exames consecutivos á cabeça foram logo feitos.
A minha família ligou às quase 9h da noite, mas não atendi pois estava em exames. 
No outro dia, foram dadas informações pela enfermeira pois eu dormia e não ouvi as chamadas feitas...

Passaram 6 meses....
Vivo no hospital, sem ver a família, sem ouvir os trovões e ficar ansiosa mais...nem imaginar desastres...


Moral: não vale a pena dar importância ao que não tem. Não vale a pena criar monstros inexistentes. Se não estás bem...faz com que fiques. Podes ser obrigada a estar noutro sítio de outra maneira...podes ser....

recomeçar...

Olá a todos... todos os que gostam de ler, escrever...
É tempo de voltar á escrita...

quinta-feira, 8 de abril de 2021

mulher

 Seres Liberdade


Olhar penetrante e atento,

sorriso aberto , contagiante.

Inveja num sofrer lento,

da tua Liberdade! avante!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Meu Alentejo!

Neste meu lento Alentejo!
Fui nascida e criada,
Pois é nele que me vejo,
Feliz e apaixonada!

Ainda lembro outros tempos
eu que à sombra do chaparro,
acolhia meus pensamentos,
e arrefecia meu tarro.

Foi debaixo de uma azinheira,
que me roubaram um beijo,
assim não fiquei solteira,
Meu querido Alentejo!

Terras secas e grandes searas,
Com um sol abrasador,
Fiz das espigas lindas tiaras,
Para seduzir o meu amor.
De manhã pela fresquinha,
Vamos à apanha do grão,
Era eu bem novinha,
Não esqueço esse verão!
Que saudades desse tempo,
Coisas que ficam na memória,
Alentejo, és meu alento
Minha vida, minha história!


vivendo arte

Como tocam, cantam, dançam e encantam o lugar.
Vibram com emoção! É pura explosão.
Fazem os seres espetatantes alimentarem-se só de olhar.
Giram com o mundo e para o mundo com paixão.

Mãos que não se tocam, mas imploram carinho.
Olhos que não vêm; mas leem a expressão de cada olhar.
Zumbido nos ouvidos. Qual silêncio profundo, mansinho…
Bocas entreabertas sussurrando pelo doce amar!

Surgem obras, registos, documentos.
Livros, canções, estátuas sem parar...
 Uma fonte inesgotável de momentos,
que na arte da vida fazem por se expressar!


Outra maneira de escrever...

…Havia já alguns dias em que ela tentava falar com ele. Ele nem sempre respondia. Mais outros tantos dias ele metia conversa com ela. Ela desconversava sempre.
Mas um dia…aquele dia….Aquele em que acontecem coisas…sem explicação…nesse mesmo, aconteceu que ambos morrerem um pouco... a vida apenas começou depois desse dia…
Ela ligou. Ele não atendeu. Ela insistiu. Ele respondeu.
Em voz carente ela disse:- Vem almoçar comigo. Hoje, vamos comprar duas sandes diferentes e partilha-las. Vamos comprar dois sumos iguais e trocá-los. – Sorriu- vem apenas almoçar comigo hoje no jardim…
Ele apenas respondeu: Sim! No jardim às 13h.
Com a pressa natural, com o stress do costume, ambos saíram do emprego ao meio dia. Ambos se apressaram para o jardim. Ela atravessa a passadeira da esquerda para a direita….ele faz o inverso. Em diferentes estradas….com diferentes empregos….mas com desejos iguais!
Ambos foram atropelados…por diferentes carros….na mesma hora….quase no mesmo minuto, nesta mesma vida!
O Hospital que os acolheu foi o mesmo…diferente foi o quarto…diferente medicação, com um fim igual. Uma cadeira de rodas como presente…
Passaram uns meses e após atualização de redes sociais, ele liga-lhe a ela. Ela atende rapidamente. Depressa se encontram no corredor…choram…dão as mãos…e combinam algo….
E num outro daqueles dias em que acontecem coisas…encontraram se no jardim, ao meio dia…e partilharam….a medicação!
Desde esse dia…a partilha foi constante….e eterna!

Vive-se morrendo aos poucos e quando aos poucos se morre aprende-se a viver!