Neste meu lento Alentejo!
Fui nascida e criada,
Pois é nele que me vejo,
Feliz e apaixonada!
Ainda
lembro outros tempos
eu que à
sombra do chaparro,
acolhia
meus pensamentos,
e arrefecia
meu tarro.
Foi debaixo de uma azinheira,
que me roubaram um beijo,
assim não fiquei solteira,
Meu querido Alentejo!
Terras
secas e grandes searas,
Com um sol
abrasador,
Fiz das
espigas lindas tiaras,
Para
seduzir o meu amor.
De manhã pela fresquinha,
Vamos à apanha do grão,
Era eu bem novinha,
Não esqueço esse verão!
Que saudades
desse tempo,
Coisas que
ficam na memória,
Alentejo,
és meu alento
Minha vida, minha
história!
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