segunda-feira, 14 de março de 2022

outra maneira de escrever...

...os trovões ouviam se ao longe. O meu coração batia mais rápido. Estava a ficar ansiosa. Todos os que amava estavam fora de casa. O pensamento começou a fazer o favor de mostrar o pior cenário.
Comecei a imaginar que um estava preso numa derrocada, outro estava no meio de um acidente horrível, só coisas parvas.
Bebi água e comecei a rezar. Era o que fazia qd estava nervosa. Distraía me...e respirava fundo e pausadamente pelo nariz...e assim conseguia ir acalmando.
Passaram umas horas e todos estavam a chegar. Tudo estava bem.
Jantámos e a noite foi tranquila.
Na manhã seguinte, tudo se processou de maneira normal. Normal??
Bem, acordei e fiz o mesmo de todos os dias. Acordei o mais novo. Fiz o pequeno almoço para todos...e Eu fui fazer a minha higiene. Pois é...
Quando estava a lavar os dentes senti uma dor de cabeça forte. Olhei o espelho e caí.
Quem me encontrou não sei.
Acordei no hospital. Pensei: que casa de banho estranha a minha...
Pois não era a minha casa de banho...
O que é que aconteceu? O que fazia ali? Não me lembro de nada...
....eram quase 7h da tarde quando dois médicos apareceram. Muitos sorrisos, cumprimentos, preocupação em saber como estava bla, bla...
Fiz uma pergunta. Só para acabar com todo aquele melaço.
- 0 que faço aqui?
Olharam um para o outro e respondeu o mais velho.
- Bem, a senhora veio hoje , vieram hoje consigo desmaiada. Porque a encontraram assim na casa de banho. Ah...ficou aqui para observação. Acordou sozinha o que é bom sinal. Mas, não sabemos o que se passou. Pode contar o que aconteceu? Se sentiu alguma coisa.. não sei...conte nos.
- Bem, eu não me lembro de nada..quer dizer fiz tudo normal.. Senti apenas uma dor de cabeça forte... não me lembro de nada mais...
- Dor de cabeça? Ok ..vamos ver disso já,.
Bem.... lógico que exames consecutivos á cabeça foram logo feitos.
A minha família ligou às quase 9h da noite, mas não atendi pois estava em exames. 
No outro dia, foram dadas informações pela enfermeira pois eu dormia e não ouvi as chamadas feitas...

Passaram 6 meses....
Vivo no hospital, sem ver a família, sem ouvir os trovões e ficar ansiosa mais...nem imaginar desastres...


Moral: não vale a pena dar importância ao que não tem. Não vale a pena criar monstros inexistentes. Se não estás bem...faz com que fiques. Podes ser obrigada a estar noutro sítio de outra maneira...podes ser....

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