quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Quando eu subir...

Quando eu subir bem alto,
Tocarei em algo macio.
Não estarei em sobressalto,
Pois, lá não há mais o vazio.

O vazio que está cá em baixo,
Que atormenta toda a gente,
Que faz de mim capacho,
Que me torna subserviente.

Mas quando eu subir lá para cima,
Serei livre de verdade, sem medo.
Falarei como quem rima,
E não apontarei o dedo.

Não levarei em conta maldades,
Ciúmes, intrigas e amores.
Olharei para mim sem saudades,
Do que fui. E gostarei do que fores.

Se fores lá para cima, leva-me!
Se me encontrares lá em cima, sorri!
Se me olhares não estranhes…
Pois eu não me perdi…

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